oi… tem alguém aí?
em 2022 enviei algumas poucas cartas com o título “compartilhando”, com a ideia, justamente, de compartilhar um pouco do que tem lido, visto, feito e pode interessar outras pessoas. acabei não escrevendo mais essa espécie de “seção” por aqui, mas pretendo voltar com alguma periodicidade, já que é algo que adoro ver em outras newsletters.
a de hoje é bastante especial, porque vim divulgar o lançamento de um livro do qual faço parte como autora.
(pausa dramática após a última frase para respirar fundo, soltar e prender o cabelo, tirar o óculos do rosto, apoiá-lo na pilha de livros, voltar as mãos para o teclado. ufa!)
vou começar bem do começo: em 2020, logo no início da pandemia, as editoras Dublinense e Elefante abriram uma chamada para textos sobre a vida em quarentena. eu (sendo exemplo de muitas) estava me dividindo entre o medo do vírus, os cuidados com a filha de um ano, reuniões pelo zoom o dia inteiro, fazer comida, limpar a casa, não ir a lugar algum e… não surtar. um dia, sentada no sofá, com a filha mamando e dormindo no colo, escrevei de uma vez um pequeno conto no bloco de notas do celular. saiu de uma vez, parecia que estava entalado em mim. foi ele, sem muitas modificações, que eu enviei. para minha surpresa e alegria, fui uma das selecionada.
o conto, que originalmente chamava-se “mãe solo”, após uma linda leitura comentada da editora Julia Dantas, virou só “solo” - o que fez absolutamente toda a diferença, pode acreditar. esse conto está no livro Retratos da vida em quarentena, lançado em 2021, que você pode comprar aqui.
depois de um tempo, acho que no início de 2021, quando começamos a voltar a sair de casa com mais frequência, com escolas, escritórios, restaurantes e bares abrindo, escrevi outro pequeno conto com a mesma personagem principal, uma espécie de continuação do “solo”, mas que funciona sozinho também. ficou guardado na minha pasta de textos do computador até que, em 2022, uma amiga me falou do concurso “triste, louca ou má”, feito pelo Coletivo Escreviventes e a editora Primavera Editorial. pelo tema, achei que valia a pena dar uma revisada no conto escrito em 2021 e participar. deu certo: meu conto foi um dos 37 textos selecionados, entre contos, poemas e crônicas - todos escritos por mulheres, que compõe a antologia Desobediências miúdas.
o título do livro, escolhido pelas editoras, foi inspirado em um poema da Wislawa Szymborska (de quem sou fã) que traz a frase “desobediências miúdas, algumas delas mortais”.
o livro está pronto e será lançado nesta sexta-feira, dia 14 de abril. para quem estiver por SP de bobeira neste horário, com vontade de passear por uma livraria super charmosa e comprar um livro escrito por mulheres, tá feito o convite:
e assim, aos pouquinhos, vou criando coragem e disciplina para escrever mais e melhor, me inscrever em concursos, juntar meus textos e fazer uma publicação só minha… quem sabe?
até a próxima,
Carol
Que alegria! Preciso dessa inspiração. Tenho tanta coisa escrita, não se sei boas ou não, guardadas em pastas de computador.
Parabéns pela publicação, Carol!! Fico feliz que você esteja compartilhando mais de você em outros espaços.