um broto de poesia

oi… tem alguém aí?

aqui, tento escrever há dias. mantenho uns rascunhos de crônicas que não saem do lugar. os contos começados, seguem abandonados. mas, para minha total surpresa, comecei a me arriscar em algumas poesias - algo tão novo, quanto encantador. então, para encerrar esse domingo gelado de outono, deixo um rascunho de um desses poemas que começam a brotar por aqui.

contemplar a curiosidade 

que mora nas janelas vizinhas

das varandas floridas

às telas de gatos

entendi o disco do caymmi 

no chão do oitavo andar

como o convite para dançar

que esperei o dia inteiro

e nunca chegou

dançar em meio 

às plantas da moda

que a moça descalça 

do quinto

rega só às quartas

meus quadros e os do senhor 

do décimo segundo andar

pregados paralelos 

que coincidência estranha

eu estou no vigésimo 

tenho que me lembrar

até a próxima,

Carol