oi… tem alguém aí?
esses dias circulou pelo instagram uma daquelas “correntes” (como chama isso?) em que uma pessoa posta uma foto ou uma lista e convida as outras pessoas a postarem também e nela dizia algo como “o que as minhas séries favoritas dizem de mim” e aí vinha uma lista com as séries favoritas da pessoa. teve a variação com livros, filmes e… bem, o céu é o limite.
eu quase postei minhas séries favoritas cada vez que via uma lista dessas passando pelos stories. mas, na última hora, desistia. lista de livros eu nem tento fazer, acho impossível indicar dez e deixar todos os outros que eu gosto também de fora. mas, para séries, eu até conseguiria sim, listar as favoritas. o problema era aquela parte do “o que elas dizem de mim”.
eu sou uma pessoa que revê séries, relê livros. e, ó, vou te contar uma coisa: nem sempre livros e séries envelhecem bem, tá? uma vez escrito o livro ou filmada a série (ou filme) eles permanecem daquele jeito. salvo alguns casos bem raros (cito um aqui embaixo), uma vez terminado, não há inclusão de novas páginas, cenas ou capítulos. nós, seres humanos, por outro lado, estamos adicionando dias em nossas vidas, aprendizagens, novas informações em nossos cérebros, o tempo inteiro.
esse ano assisti todas as temporadas da série “Sex And The City” pela segunda vez e li o livro “A insustentável leveza do ser” pela terceira vez. já adianto que ambos estavam nas minhas listas de favoritos da vida e, tendo a achar que permanecem, porque realmente mexem comigo de alguma forma, me trazem emoções, reflexões. eu me conecto com os personagens, a escrita, algo que está ali. mas, (e esse “mas” é muito importante) ambos envelheceram meio mal para mim.
nos dois casos, há velhas ideias, de um velho mundo (ainda que ambos nem sejam tão velhos assim), que incomodam. talvez não me incomodassem alguns anos atrás, quando entrei em contato com essas histórias pela primeira vez. hoje, soa ruim. tanto que, no caso da série, tentaram até fazer uma nova temporada recentemente e resolver todas as questões (tem personagens não-binária, trans, negras), o que soou bem pouco natural.
me parece bem difícil fazer uma lista como essa, na qual estão séries, filmes, livros de uma vida inteira, e não deixar escapar algo que tenha esse tipo de questão, ou um autor ou autora que já emitiu uma opinião polêmica, ou que encontrem um artigo que faça uma análise da obra que a destrua em 30 segundos. em tempos de usuários de redes sociais com emoções à flor da pele, tudo é possível.
além disso, se essa lista dirá quem eu sou para quem acompanha frações de segundos da minha vida todos os dias, ai de mim que descubram que eu sou uma série com roteiro ruim, um livro com personagem mal construído, um filme com gosto estético duvidoso. AI DE MIM!
até a próxima,
Carol
ps.: na sexta-feira farei uma cartinha especial com a lista das minhas dez séries favoritas de todos os tempos. ai de você que me julgar por alguma escolha!
Haha Carol eu senti a mesma coisa quando vi essa corrente, pior, eu GOSTO de séries ruins e no meu caso séries adolescentes, pra mim assistir série é como ver novela, eu assisto pra me desligar, distrair, quando tô estressada e tudo que menos quero é ver algo conceitual ou super reflexivo kk. Até que vejo umas séries “boas”, que pensei em colocar na lista para as pessoa senão acharem q eu sou totalmente fútil e fofoqueira, mas as que assisto várias vezes são as ruins mesmo, tipo gossip girl perdi a conta de quantas vezes assistir a primeira temporada toda rs