Ou que até seja, porque estética importa também. Mas que a gente consiga cada vez mais ver beleza nos corpos e rostos e modos de ser da velhice... Não é?
Tenho refletido muito sobre estética. Como vemos o que é belo e o que não é, essa busca por algo que me parece não fazer sentido considerando que ao observar corpos, são tão diversos do que nos foi ensinado como belo. Enfim, papo longo de se ter tomando um café bem bom! Acredito que a beleza do envelhecer (a dificuldade em ver beleza na verdade) é uma consequência dessa outra questão. Falar sobre isso me parece um bom começo de mudança para nós enquanto coletivo.
Linda sua bisa! E linda essa reflexão. Tô no mesmo turbilhão da maternidade, a minha ainda fará 4. Sempre me achei jovial em aparência (mas a alma sempre foi velha mesmo rs), porém agora chego aos 36 sentindo que tenho mesmo 36. Não há nada de errado nisso, só me bateu essa constatação porque, além do espelho que (tal qual o quadril da Shakira) não mente, me veio aquele flashback: do momento em que eu me dei conta, no aniversário de 36 anos da minha mãe, de que ela era bem velha mesmo. A vida tem lá suas poesias por linhas tortas, e pelo visto essas linhas vêm parar na nossa cara. Estou de boa com isso.
Que linda a D. Virgínia! Que tenhamos o direito de envelhecer, um direito, que infelizmente, não é possível para boa parte da população mundial. Que as marcas e sinais contem parte de nossa história, mesmo que a memória falhe.
É um alívio ler suas palavras e ver que mais mulheres pensam assim. Minha filha adora minhas marcas na pele e rugas, pelos e meu corpo imperfeito, e sente inveja que quando ela franze a testa e não aparece uma linhazinha sequer. Ou sente orgulho quando ve os 3 mini fios de pelos na sua perna hahaha queria que essa inocencia e auto-amor durassem a vida toda (quem sabe, sonhar não custa hahah).
Eu adorei ler o livro da Ursula Le Guin "Sem Tempo a Perder", porque em muitas crônicas ela trata justamente disso - de como é ser uma mulher de 80 anos em uma sociedade que não aceita a velhice. De como ela achava absurdo os "elogios" de que ela não parecia "ter tudo isso" ou "ah, mas ainda está jovem".
Que bonito, Carol! Acredito que estamos construindo um novo significado para envelhecer/ser uma pessoa velha. O ineditismo do que estamos vivendo provoca empolgação por aqui.
Compactuo tanto desses pensamentos. Estar aqui e estar bem, e que o físico no quesito aparência não seja relevante...
Ou que até seja, porque estética importa também. Mas que a gente consiga cada vez mais ver beleza nos corpos e rostos e modos de ser da velhice... Não é?
Tenho refletido muito sobre estética. Como vemos o que é belo e o que não é, essa busca por algo que me parece não fazer sentido considerando que ao observar corpos, são tão diversos do que nos foi ensinado como belo. Enfim, papo longo de se ter tomando um café bem bom! Acredito que a beleza do envelhecer (a dificuldade em ver beleza na verdade) é uma consequência dessa outra questão. Falar sobre isso me parece um bom começo de mudança para nós enquanto coletivo.
Ótimo papo para um bom café! Já fica o convite caso venha para São Paulo em algum momento. :)
Mas, sim, essa é uma mudança necessariamente que deve surgir e se disseminar coletivamente.
Já quero esse café e muitos outros papos ❤️
Ótimo final de ano Carol!
😘😘
Pra você também, Ana!!
Eita que você me deixou emocionada. Essa carinha da vovó é um alento para nossa velhice
<3
Linda sua bisa! E linda essa reflexão. Tô no mesmo turbilhão da maternidade, a minha ainda fará 4. Sempre me achei jovial em aparência (mas a alma sempre foi velha mesmo rs), porém agora chego aos 36 sentindo que tenho mesmo 36. Não há nada de errado nisso, só me bateu essa constatação porque, além do espelho que (tal qual o quadril da Shakira) não mente, me veio aquele flashback: do momento em que eu me dei conta, no aniversário de 36 anos da minha mãe, de que ela era bem velha mesmo. A vida tem lá suas poesias por linhas tortas, e pelo visto essas linhas vêm parar na nossa cara. Estou de boa com isso.
"A vida tem lá suas poesias por linhas tortas, e pelo visto essas linhas vêm parar na nossa cara." - Adorei <3
Que linda a D. Virgínia! Que tenhamos o direito de envelhecer, um direito, que infelizmente, não é possível para boa parte da população mundial. Que as marcas e sinais contem parte de nossa história, mesmo que a memória falhe.
Lindo esse texto, mandei pra várias pessoas
Ahhh que felicidade saber disso. Obrigada!
Que bonito! Me identifiquei nas suas palavras.
Ah <3
Adorei seu texto, porque ele conversa muito de perto com o que venho escrevendo na minha newsletter @Rabiscos. Convido você a visitá-la!
Adorei. :)
É um alívio ler suas palavras e ver que mais mulheres pensam assim. Minha filha adora minhas marcas na pele e rugas, pelos e meu corpo imperfeito, e sente inveja que quando ela franze a testa e não aparece uma linhazinha sequer. Ou sente orgulho quando ve os 3 mini fios de pelos na sua perna hahaha queria que essa inocencia e auto-amor durassem a vida toda (quem sabe, sonhar não custa hahah).
Eu adorei ler o livro da Ursula Le Guin "Sem Tempo a Perder", porque em muitas crônicas ela trata justamente disso - de como é ser uma mulher de 80 anos em uma sociedade que não aceita a velhice. De como ela achava absurdo os "elogios" de que ela não parecia "ter tudo isso" ou "ah, mas ainda está jovem".
E sua bisa, muito linda!
Ahhh torcendo para nossas filhas preservarem esse olhar mais "inocente" e sem os filtros tantos que nós já temos.
Amei a dica do livro, não conhecia. Obrigada!
Que bonito, Carol! Acredito que estamos construindo um novo significado para envelhecer/ser uma pessoa velha. O ineditismo do que estamos vivendo provoca empolgação por aqui.
Sim, acredito nisso também!